Dentro do mundo dos atendimentos pré-hospitalares, nós dividimos dois tipos de atendimentos. Temos o Socorrista de APH civil, mais conhecido por todos, e o Socorrista de APH tático.
Neste artigo, nós explicaremos quais as diferenças entre o atendimento pré-hospitalar civil e o atendimento pré-hospitalar tático. Ademais, falaremos tudo sobre o atendimento pré-hospitalar tático, como ele deve ser feito e qual a legislação brasileira usada para o APH tático.
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A principal diferença está no campo de atuação. Enquanto o atendimento pré-hospitalar tático é direcionado para situações específicas, o atendimento civil é voltado para as situações do cotidiano. Acidentes de trânsito, por exemplo, são todos tratados pelo atendimento pré-hospitalar civil.
Já o atendimento de emergência, ou atendimento tático pré-hospitalar, é direcionado para as seguintes situações:
Em resumo, o atendimento pré-hospitalar tático é direcionado para as situações envolvendo o risco de vida e a relação com armas e material bélico. Dito de outro modo, ele é direcionado para o atendimento em locais conflituosos como guerras e locais de maior risco de tiroteios, por exemplo.
Esse tipo de atendimento pré-hospitalar tornou-se cada vez mais recorrente nos dias de hoje. Ele surgiu durante uma discussão em 1993, história que contaremos um pouco agora.
O atendimento pré-hospitalar tático é utilizado para guerras e situações conflituosas. Sendo assim, ele requer um treinamento intensivo e preciso. Mas o início da discussão que culminou em seu surgimento é datada somente em 1993. Nesse ano, um helicóptero do exército americano foi derrubado em território inimigo. Da tragédia, 18 militares ficaram feridos e outros 73 saíram lesionados.
Todos faleceram devido à falta de treinamento dos militares para com situações emergenciais. Portanto, iniciou-se uma grande discussão em torno das práticas médicas em campos de batalha. O exército investiu pesado na pesquisa de equipamentos para o atendimento pré-hospitalar tático e até hoje está estudando para melhorar as condições medicinais dentro de situações conflituosas.
Três anos depois, em 1996, a associação de cirurgiões militares criou um manual específico para o atendimento pré-hospitalar tático. O seu nome é TCCC, o Tactical Combat Casualty Care, e ele vem sendo cada vez mais disseminado mundialmente. As práticas deste manual são todas atualizadas e estudadas por pessoas do mundo inteiro.
Hoje, o APH tático é utilizado para tratar de feridos dentro das situações conflituosas. Ele se diferencia bastante do atendimento pré-hospitalar civil pelo fato de que algumas coisas não podem ser respeitadas como nos conformes, principalmente dentro de uma situação conflituosa. No meio de uma guerra, por exemplo, é mais difícil realizar os procedimentos médicos comuns.
Assim sendo, o atendimento pré-hospitalar tático serve para quebrar alguns princípios do APH civil e auxiliar no tratamento de feridos sem trazer, amenizando os prejuízos. Quem trabalha nessa área deve não só compreender como agir com a vítima, mas lidar com as circunstâncias e evitar problemas maiores ainda.
Quando comparado com o atendimento civil, o atendimento pré-hospitalar tático é muito mais complicado e requer um treinamento intensivo.
Em resumo, o APH tático serve para policiais e militares que, estando em áreas conflituosas, precisam realizar o resgate de vítimas acidentadas. Esse tipo de atendimento é muito mais difícil que o outro, e assim sendo, requer um treinamento intensivo e preciso por parte de quem praticará.